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O Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe não é um livro para criança, pelo simples fato de que elas não possuem a capacidade de associar muitos dos pensamentos que nos deparamos na leitura com a realidade em que elas vivem, principalmente por causa da falta de experiência delas.


O Pequeno Príncipe é um dos livros mais aclamados por pessoas em todo o mundo, principalmente pelas misses, e fica na cabeceira de pessoas como um livro de motivação e reflexão para que possa sempre ser lido.

O livro conta a história de um autor que cai no deserto devido a um problema no motor e enquanto está analisando sua drástica situação, se depara com um menino loiro de olhos arregalados que insistentemente pede para ele desenhar um carneiro.

Toda a trama é cercada de pensamentos e ensinamentos que fazem com que comecemos a analisar as nossas vidas e como nossas atitudes vão mudando conforme vamos amadurecendo, aceitando todas as coisas ao nosso redor e o que nos é imposto sem saber exatamente o motivo de aquilo estar acontecendo.

- Quando a gente anda sempre em frente, não pode mesmo ir longe... (p. 16)

Conseguimos tirar grandes lições nas poucas páginas que são de fácil leitura e dá para ler de uma vez só, a maior dessas é o fato de que quando crescemos deixamos a nossa essência infantil de questionar e de conseguir perceber que na verdade o mundo é simples, nós que o complicamos.

Todo o Pequeno Príncipe vem para nos mostrar como é possível com simplicidade passar ensinamentos com a utilização de metáforas, sem precisar impor, mas demonstrando com as ações de seus personagens a importância de cada ensinamento demonstrado.

Um fato interessante que vale a pena mencionar, mesmo sendo uma interpretação pessoal que você pode concordar ou não, é que aparentemente nos deparamos com uma história constituída toda de delírio. Assim que o livro tem o seu desfecho, ficamos com a sensação de que o Pequeno Príncipe na verdade nunca existiu, que tudo é apenas uma ilusão criada pelo piloto devido ao calor excessivo do deserto e que nesse momento em que estava fora da realidade, conseguiu analisar sua vida e perceber quais eram os acertos e os erros que estava cometendo.

-... É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio. (p. 39)

Talvez essa minha interpretação acabe um pouco com a graça da ficção, mas o livro dá diversas aberturas para que possamos entender de modos diferentes o que exatamente o autor quis passar, isso na minha concepção, quando não estamos olhando apenas as lições de moral, conseguimos retirar muitas coisas sobre os personagens e também as histórias contadas.


Recomendo o livro para todos, independente do gosto literário que a pessoa tenha, pois mesmo que não goste muito do Pequeno Príncipe ao final dele, com certeza alguma lição terá sido retirada dele.


3 comentários:

  1. Eu amo esse livro e acho q ele deveria ser ensinado nas escolas. Tenho ele, o minilivro e O Amor do Pequeno Príncipe.

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  2. Um livro para todas as idades. Tenho um exemplar bem antigo em casa que ganhei, o coitadinho está pedindo outro.
    Bjs, Rose.

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  3. Li esse livro quando tinha uns 11 anos, de inicio não entendi muita coisa dele, mas conversando com algumas pessoas que já eram de mais idade quando leram, parecia que eu tinha lido ele só por cima, eles conseguiram pegar várias coisas no livro, coisas que as vezes eu paro e penso: como assim? Eu não lembro do livro falando isso. Andei pensando muito em reler para ver as tantas mensagens que ele passa e sua resenha me fez voltar a ter esse pensamento.

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