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Lúcifer: O Primeiro Anjo
Assim que nos deparamos com o título desse livro, pode ser que nem pensemos em ler a sinopse, afinal, algumas pessoas não gostam nem de pensar na existência de Lúcifer, mesmo ele estando presente em nossas vidas, caso você possua algum fé nisso.

Talvez a melhor solução para que a visibilidade desse livro aumentasse, fosse deixar apenas o subtítulo, em compensação, algumas pessoas podem se interessar em saber a história desse ser, mesmo que não sejam a favor dele. Apenas por curiosidade.

Lúcifer foi um livro que me surpreendeu do começo ao fim, não pelo fato de existir alguma novidade no livro, pois isso não existe nele, mas pela linguagem do autor que nos envolve e torna as coisas muito mais poéticas do que podemos imaginar.

Suas descrições nos envolvem e fazem ter vontade de estarmos no lugar ou sair correndo das situações demonstradas, fazendo com que seja de melhor compreensão trechos da Bíblia que muitas vezes podem ser confusos para as pessoas.

"Ao Homem, todas as criaturas celestiais devem curvar-se em adoração e dar graças." E essa foi a terceira dor no peito de Samael. Anjos eram criaturas glorificadas. Eternas, aladas, puras e magníficas. Estavam acima de toda a Criação. Agora, surgia o Homem? E a esse ser abjeto, feito de carne, deveriam os Primeiros curvar-se? Luz admirando matéria? Deus só poderia ter enlouquecido, pensou Samael. Ou talvez estivesse com receio do quão poderoso e sábios os anjos haviam se tornado. Deus pretendia diminui-los por meio do Homem. (p. 56)

A narrativa não possui um tempo certo para seguir, sempre aparece o que acontece em seguida, mas pula anos e anos sem que isso faça realmente diferença em sua trama. É como se uma pessoa que tivesse vivido tudo demonstrado estivesse nos contando como chegamos ao que realmente somos. Sem pensar na falta que pode fazer trechos pulados, porque eles realmente não são importantes para complementar todo o contexto.

Sobre o personagem tão misterioso e que atiça tanto a curiosidade até hoje. Conseguimos perceber que ele é um ser movido pelo egoísmo, ciúmes e principalmente ganância, fatos que foram o corrompendo e transformando no que conhecemos atualmente.

Recomendo o livro para pessoas que se interessem por literaturas teológicas que não sejam muito analíticas, apenas contem os fatos e também para todos que gostem de uma narrativa que nos envolve, com precisão e uma certa riqueza de escrita.


6 comentários:

  1. Gostei da sua resenha, me deixou com vontade de lê-lo, mas só porque você falou que o autor tem uma linguagem que envolve a gente na história, pois se você falasse que ele não tinha eu não procuraria saber mais sobre ele, afinal eu não sou muito ligado nessas leituras teológicas.
    Abraços.

    http://viciadoemlivrosefilmes.blogspot.com/

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  2. Eu não entendi muito bem então me esclareça: quem narra o livro é Lúcifer? Ou é só um narrador 3ª pessoa? Pois parece tão... didático o quote que você deixou.

    Ler sobre anjos sempre foi minha praia, confesso, muito antes de "A Batalha do Apocalipse" ou "Hush, Hush", mas nunca fui de "históricos" se me entende. Como foi a leitura? Pesada, interessante, (?)

    Talvez eu queria dar uma conferida depois...

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    1. O livro é narrado em terceira pessoa e umas parte não é que sejam didáticas, mas possuem uma narrativa um pouco mais ricas.

      Olha, a temática desse livro é bem diferente do que os anjos que estiveram em alta na literatura. A leitura de Lúcifer é pesada e interessante, pois precisa de atenção ao mesmo tempo em que ela é envolvente.

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    2. OHHH, blz!

      Obrigada.

      Acho que já tenho uma noção do que disse na resenha.

      (=

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  3. Não conhecia esse livro e fiquei mto curiosa acerca dele após ler a resenha, afinal, meu livro também fala desse assunto, pelo qual sou fascinada desde criança.

    elainevelasco.blogspot.com.br

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    1. Elaine, recomendo a leitura, pois o estilo do Marcelo é bem diferente.

      Já vi o seu livro e tenho bastante interesse na leitura. Quem sabe um dia não tenha resenha dele por aqui? ;)

      Beijos

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