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Estou com Sorte: Confissões do funcionário número 59 do Google

- Esse Google? - perguntei a ele. - O que eles fazem?- Fazem busca na internet - ele disse.- Busca? Ah, boa sorte pra eles então - pensei, e imediatamente esqueci o assunto. (p.22)
No final do século XX as empresas ponto.com estavam em ascensão e todos desejavam abrir sua empresa na web para ficarem ricos. Infelizmente, ou não, a maior parte dessas empresas acabavam indo a falência no primeiro ano.

O trecho que iniciou essa resenha foi a primeira impressão que o Doug teve a respeito do Google. Ele sempre trabalhou em empresas que já possuíam uma sólida reputação e que não corria os riscos de uma startup. Mas, depois de pesquisar bastante sobre essa tal de Google e receber uma notificação de que eles estavam procurando pessoas para trabalhar, resolveu arriscar e ir em uma entrevista para entender o que eles realmente pensavam.

Assim que Edwards entrou no Google, percebeu que aquela não era uma empresa qualquer. As pessoas eram descontraídas, tinha um cachorro andando de um lado pro outro, bolas de plástico espalhadas para todos lugares e para melhorar, depois da entrevista foi convidado para um almoço que despertou uma certa paixonite pela empresa que o contratou.

O Google é uma empresa diferente de qualquer outra que conhecemos e na maior parte do livro sentimos vontade de trabalhar nela. Imagina uma empresa onde tem tudo que você gosta para comer a hora que quiser, um chefe de cozinha, video games, mesas de pingue pongue, sinuca, massagista, quadra e até mesmo médico no local.

O nosso mecanismo de busca de todos os dias pensou basicamente em uma empresa onde não seria necessário sairmos dela para poder viver as nossas vidas, já que tudo que precisamos existia lá dentro, mas tudo que é dado tem as suas exigências e isso era o que o Google mais exigia, coisa que fez Doug em pouco tempo não se sentir muito bem com a situação:
Era como se eu tivesse trazido um estilingue para uma batalha de Star Wars. (p.86)
Apesar do problema de ele diversas vezes se sentir menos competente do que os diversos gênios da computação que a empresa contratava, ele sempre se esforçava ao máximo para fazer a sua voz ser ouvida e por diversas vezes os anúncios que lemos divulgados pelo Google eram de sua autoria.

No começo existia apenas um mecanismo de busca, mas que em pouco tempo foi tendo ambições maiores para conseguir melhorar a navegação das pessoas pela web e sempre conseguindo melhores resultados para quem usasse o seu mecanismo de busca, com isso surgiram os grupos de discussão por e-mail, a busca de imagens, mapas e também o AdWords que é o sistema de propaganda do Google que muitas pessoas demoraram para perceber e que precisou de um longo trabalho de todos da equipe que estava presente no projeto:
... quando nossos anúncios começaram a rodar, eu estava cético se eles atingiriam 3% de CTR que Sergey tinha estabelecido como meta. Não atingimos. (p.104)
Infelizmente, nem sempre as coisas davam certo com o Google e rapidamente eles tinham que achar uma solução, independente da hora que fosse. Isso em todo o livro dá uma impressão de que ninguém dorme e sempre está disposto 24 horas por dia, 7 dias por semana para solucionar qualquer problema que surgisse no sistema que poderia ir de simples reclamações sobre alguma política adotada pela empresa até erros no mecanismo de busca.

A todo momento é possível encontrar pessoas trabalhando loucamente em suas mesas e até mesmo dormindo embaixo delas para já estar perto do serviço. Mesmo com todo esse esforço as pessoas eram felizes, se sentiam realizadas por conseguirem colocar todo o seu potencial e terem suas vozes ouvidas pelos donos da empresa com um tratamento igual para todos.

Mesmo com todos os altos e baixos, com pessoas não colocando fé, o Google cresceu e hoje é o maior e melhor mecanismo de busca do mundo, sempre crescendo, inovando e trazendo novas ferramentas que tornam a nossa rotina mais fácil e o acesso a informação relevante cada vez mais correto.

Larry e Sergey se afastaram de seus programas de PhD em Stanford para dar início ao Google, para desapontamento de seus pais, que eram professores. Sergey mencionou que sua mãe recebeu as boas-novas sobre o Google com a pergunta "Então, você vai tirar seu diploma agora?". (p.178)

Antes que essa resenha acabe, é importante mencionar que todas as pessoas que trabalham no Google possuem uma certa loucura dentro de si. Provavelmente como um método de fuga para por alguns segundos se distrair de ser serviços e conseguir esvaziar um pouco a mente de tantos código que ficavam rodando em suas telas por horas e horas.
- Olhe! Eu sou um pop-up humano! (p.308)
Recomendo o livro Estou com Sorte para todas as pessoas que desejam ler um livro descontraído que agrega diversas em coisas em nossa vida como valores morais, força de vontade, convivência no trabalho e principalmente como uma simples ideia pode se transformar em uma grande coisa que modifica as nossas vidas e molda uma geração de usuários.

Para as pessoas que pensaram em ler esse livro para compreender melhor sobre SEO não é muito recomendado, possuem pouquíssimos elementos que mencionam o trabalho realizado e são coisas superficiais e elementares que devemos saber, como o PageRank que determina a confiança que um site tem, apesar de isso já não ser tão levado em consideração pelo Google para conferir qual o conteúdo mais relevante.

Então, não percam tempo e adquirem a sua boa sorte com esse livro.




1 comentários:

  1. Já está na minha fila, e parece ser uma leitura beeeem interessante. Já tive uma reuniãozinha no escritório do Google em São Paulo, lindinho e descolado, mas as pessoas lá trabalham muitooooooo, fato. Seja lá, seja no laptop em casa, quase o tempo todo (pelo menos foi o que me disseram).

    bjs
    escrevendoloucamente.blogspot.com

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