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On the Road

On the Road foi lançado pela primeira vez em 1957 e foi responsável por influenciar o comportamento de diversos grupos sociais, como também a refletir sobre o comportamente do norte americano.

O estilo de narrativa do Jack é bem diferente do que estamos acostumados. Ele não utiliza hífen para informar o leitor a fala de alguém, usa apenas as aspas no meio do parágrafo, então não nos sentimos perdidos como quando começamos a ler os livros do José Saramago.



A maneira que ele conta a história é bem descontraída e é como se seguisse a linha de pensamento do Sal ao invés de ter uma cronologia certa, nos sentimos como se estivessemos sentados em uma mesa de bar ou de café com ele sentado a nossa frente e discursando sobre todas as suas experiências.

Alguns momentos da narrativa fazem com que você se sinta como se estivesse mesmo no lugar em que é descrito, um dos mais envolventes é quando a música é mencionada. O jeito que é narrado sobre os instrumentos, o ritmo da música, você consegue realmente imaginar como que é contagiante o ritmo que está sendo tocado e em como as pessoas devem se sentir o ouvindo, dá vontade de entrar dentro da história e sair dançando com os personagens.

Assim como na sinopse, no livro a todo momento fazem questão de mencionar a loucura do personagem Dean, mas será que apenas ele é o louco da história? Não podemos deixar de mencionar que o Sal o conheceu enquanto estava atravessando estradas atrás de estradas por meio de caronas, o que nos dias de hoje é um absurdo e para aquela época talvez já fosse considerado pelo menos coisa de, desculpe a expressão, vagabundo.

Fato que não deixa de ser verdade, apesar de Sal viver correndo atrás de seu sonho de escritor, ele vive passando por momento de loucuras quase que seguindo o lema do live and let die (viva e deixe morrer), sem pensar realmente nas consequências dos seus atos.

A vida que vemos narrada é de completa loucura e de pessoas que são jovens e gostam de arriscar, além de viver em uma época em que tudo é mais segura e fácil, por exemplo, eles conseguem encher o tanque de gasolina de um carro com 15 dólares.

Um livro fantástico que não dá vontade de desgrudarmos os olhos devido a sua simplicidade e ao mesmo tempo rica de detalhes que nos envolvem e nos levam a uma época perdida.


4 comentários:

  1. Olá, tudo bem? Que super dica hein! Ainda não conhecia o livro, acredita? Curti sua resenha e vou procurar saber mais a respeito desse livro ^^
    Bom final de semana =*

    @morenalilica

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  2. Este livro é maravilhoso mesmo, não só pela simplicidade, mas pelo forte poder cultural que traz consigo. Ainda pretendo resenhá-lo um dia!

    Apesar da ótima dica, posso ser chata quanto a uma coisinha? O uso das aspas na fala é a "regra" usada na língua inglesa. Não sei em outras línguas, mas enquanto no português (do Brasil) usamos o travessão, no inglês usa-se aspas. O que aconteceu é que o tradutor de "On the Road" decidiu deixá-las.

    Bjins

    http://dicasoutravessuras.blogspot.com

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    1. La Petite, conferi sua informação e realmente, na tradição norte-americana troca-se o travessão pelos aspas em sua maior parte, não no geral. Não possuía conhecimento dessa informação e achei super útil. Não é chatice sua, é sempre bom aprender coisas novas.

      Mesmo assim é diferente do que estamos acostumados e como não li nenhum livro utilizando esse mesmo estilo, não sei se é sempre do mesmo modo do Jack, onde ele escreve frases de diversas pessoas no mesmo parágrafo, que as tramas são escritas, mas achei bem interessante.

      Beijosss

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  3. Nossa eu estou louca para ler este livro, e depois dessa resenha tenho certeza que não irei me arrepender!!

    Xoxo

    http://amigadaleitora.blogspot.com.br/

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