Posso dizer que depois de Greta esse preconceito foi completamente resolvido e mudou completamente meus conceitos, caso exista alguma outra pessoa leitora do blog que também tenha esses mesmos pensamentos que eu tinha, aconselho ao menos tentar ler esse livro e ver o que você pensa.
Quando a mulher coloca o filho acima até de si mesma, deixa de viver a sua vida e passa a viver a vida dele, tornando-se possessiva, controladora, ciumenta, dominadora. E sempre exige que o filho corresponda a todas as suas expectativas, que faça aquilo que ela quer, que aja conforme ela própria agiria. Mas, normalmente, não é isso o que acontece, porque os filhos são individualidades próprias e, quando vão saindo da primeira infância, começam a tomar consciência de si mesmos e percebem que o mundo não está resumido à sua mãe. Daí vêm as brigas, porque eles querem viver a própria vida, fazer suas escolhas, determinar o seu destino. E a sua mãe se sente traída, acusa o filho de ingrato, porque fez tudo por ele, e ele não soube reconhecer. Mas, na verdade, a mãe fez tudo por ela própria, porque fez as escolhas levando em conta os seus desejos, os seus valores e os seus sentimentos. Em outras palavras, ela age por conta própria direcionando a vida alheia e acha que o filho está obrigado a seguir os seus passos só porque ela acredita que aquilo é o melhor. Mas é o melhor para ela, não para ele. (p. 94/95)
Apesar de o livro ser centrado na antiga babá do Tiago, temos uma divisão boa dos personagens mostrando a evolução do Artur e também de Felícia (pai e mãe do menino). Isso é feito de modo muito simples e não nos sentimos perdido de muitas vezes ver como está a vida dos 3 em um mesmo capítulo, tudo é muito bem estruturado.
Felícia foi a personagem que eu mais tive raiva acho que de todos os livros que já li, ela é petulante, infantil e imatura, muitas vezes não dá para acreditar que ela é adulta. Não que não doa perder um filho muito novo, deve doer e muito, mas acredito que não podemos parar nossa vida e viver em um eterno luto, prejudicando até mesmo a vida dos que estão ao nosso redor.
A saudade é um ótimo complemento do amor. Mas quando vem aliada ao desespero, cai na mesma teia do apego e com ele se confunde. A saudade deve ser apenas uma lembrança bonita e prazerosa, algo em que nos faz bem pensar. É claro que mexe com o nosso coração e nos faz desejar voltar ao que foi aparentemente perdido. Mas esse sentimento deve ser como uma nuvem, que passa e se desfaz, sem contudo, deixar de existir. A saudade é o reconhecimento da importância que algo ou alguém teve e ainda tem em nossas vidas. É preciso ter esse reconhecimento, não o desespero da perda. (p. 178/179)
Artur deveria amar e muito a Felícia, maior parte dos homens não teria aguentado metade das coisas que ela disse e fez em todo o tempo que demorou para ela se recuperar da perda, e acreditem, foi um longo tempo.
Greta no fundo foi a que mais saiu prejudicada na história pela minha visão, deve ser muito difícil você acabar em um beco sem saída em que acaba decidindo pela prostituição.
As partes espíritas são de uma simplicidade e descritas de um modo tão suave que não chegamos a pensar que o livro está colocando aquilo por ser um livro desse gênero, tudo é demonstrado com muita naturalidade.
Resumindo, Greta é um ótimo livro, que pode te deixar triste em muitos momentos, mas as lições que tiramos dessa história são de grande valor e por isso que o livro merece ser lido.
... Intuitivamente, aproximou-se dela, deu-lhe um beijo nos cabelos encanecidos e, com os olhos rasos d'água, indagou emocionado:- Não terá valido a pena viver?Ela, tomada pela magia daquele momento, encarou-o de volta e respondeu, a voz trêmula de emoção.- O que mais valeu a pena foi ter amado você... (p. 386)
Eu tenho preconceito literário também UAHSAUHSA Livros espíritas realmente não me agradam, já tentei, mas não rolou :S Mas enfim, que bom que gostou, adorei sua resenha.
ResponderExcluirBeijos, Vanessa.
This Adorable Thing
AHAM, eu falei que eu vinha! Tcham, Tcham, Tcham! Duvidou é? Feiosa.... u_u
ResponderExcluir"Preconceito literário, você tem?"
Tenho contra capas feinhas q Falei. *sai correndo*
hehe *volta*. Pois é, acho que o meu preconceito é mais baseado no visual do livro, pois eu sempre leio resenhas antes (ou sinopse).
"começam a tomar consciência de si mesmos"
EU, eu aqui ó \o/
Sabe o que me lembra Felícia? Aquela garota dos catoons que gostava de apertar bichinhos de estimação hehe
"A saudade é o reconhecimento da importância que algo ou alguém teve e ainda tem em nossas vidas. É preciso ter esse reconhecimento, não o desespero da perda."
UALLLLLL, muito bom. Reflexivo no ponto certo.
Acho que essa vai ser uma leitura interessante... vou colocar nos meus +FAV para dar uma conferida depois. A sinopse me chamou a atenção desde o começo e com você só teve elogios. BORA COMPRAR HAHAHAHA
Beijão
hauhauahuahau duvidei não, acredito em você ^^.
ExcluirAcho que todo mundo tem algum tipo de preconceito literário, não é? Mas com capas não tenho muito preconceito, só que prefiro capas sem pessoas.
Acredita que um dos meu apelidos da infância era Felícia? #facepalm
Opa, que bom que você se interessou pelo livro, depois que ler me fala o que achou ok?
Beijoss