Leo e as caixas de música foi um livro que me impressionou
muito, primeiro porque ele chegou de surpresa e não sabia o que esperar dele e
em segundo é que logo no começo do livro eu pensava que ia achar a história entediante
.
O motivo de eu achar que seria entediante? O Leo era
um adolescente completamente irritante que se sentia abandonado pelos pais
porque devido a profissão de diplomata de seu pai, preferiu deixar ele com a
avó para conseguir estudar o ano inteiro na mesma escola, mas ele compreendia
isso? Lógico que não, achava que os pais deles não ligavam para ele e por isso
que tinham o deixado no Brasil.
Leo odeia o seu nome que é Leopoldo Armando Toledo de
Albuquerque Paranhos, Abneto, isso mesmo, com vírgula e tudo, mais uma coisa
que ele odeia, aliás, quem gostaria desse nome? O que o faz gostar um pouquinho
mais desse fato é que o nome vem de origem alemã e significa “aquele que é
ousado para o novo”.
Basicamente as primeiras 40 páginas é sobre essa revolta de adolescência
e um pouco da paixão dele pela música, afinal, quem não tem música para cada
momento de sua vida? Ele sempre procura músicas que complementem a sua vida,
coisa que fazemos muitas vezes.
Quando chega à parte da música chega a ser surpreendente, é
um ótimo livro para pessoas que gostam de clássicos do Rock e conhecem pouco sobre a sua história. Coisas dos anos 50
até os 80 aparecem no livro, como serão 4 livros tivemos apenas algumas bandas
e coisas nesse primeiro volume, tivemos os Beatles, Rolling Stones e
principalmente Woodstock que ocupa a maior parte do livro.
Aliás, sabem da onde vem a expressão Rock and Roll?
“Na origem, rock and roll era um termo náutico, usado por centenas de anos por marinheiros. “Rock” se refere aos movimentos da embarcação para frente ou para trás, enquanto “roll” se refere aos movimentos laterais. A expressão é facilmente encontrada na literatura inglesa desde 1600, sempre se referindo a barcos e navios. Até que em 1800 ela aparece bem distante do vocabulário naval, com um significado religioso na música spiritual negra. Em 1912 ela está lá na gravação de “The camp meeting jubilee”, uma canção gospel cujos artistas só ficaram registrados como Male Quartette (Quarteto Masculino), e que diz assim: “Keep on rockin’ an’ roll me in yo’ arms, Rock an’ roll me in yo’ arms, Rock an’ roll me in yo’ arms, In the arms of Moses”.”
E foi assim que ficamos com o Rock que cantamos todos os
dias, no livro conseguimos ver todo o caminho do começo dessa música
considerada por muitos do diabo, vemos os hippies, entendemos melhor como que
foi o maior evento de Rock que já aconteceu, a Woodstock e nos envolvemos de um
jeito que não temos vontade de parar.
Para quem não entende inglês não tem problema, todas as
músicas mencionadas no livro são traduzidas para que se compreenda melhor a
ligação delas com a história, o problema é conhecer todas as músicas e passar
dias e dias depois cantando por ai as músicas do livro.
Melhorando ainda o livro, se você não conhecer alguma música
que apareça, é só entrar no www.trilhasdamusica.com.br
e conferir, isso serve para vocês terem uma ideia também do que encontraram na
história.
Bem, depois de tudo isso a conclusão é, Ricardo Prado fez um
ótimo livro e estou louca para ler os próximos volumes e ver essa evolução
musical.
0 comentários:
Postar um comentário