A vantagem desse livro é que os contos costumam ter um final aceitável, podendo até ser aberto, como um "você decide", mas nada como aquela pergunta que fica nos instigando, como se algo estivesse faltando para que nos sentíssemos satisfeitos.
Alguns dos contos são tão curtos, 3 ou 4 páginas, que é impressionante como que com sua simplicidade ele consiga nos passar tanto sobre sentimentos, dor, sede, luta e violência, nos mostrando que muitas vezes a simplicidade pode ser tão compensadora quanto muitas páginas
Não são todos os contos aterrorizantes, alguns nos fazem pensar e utilizam até de metáfora, sendo profundos e quase poéticos, o que dá um contrabalanço ao terror que alguns possuem, com muito sangue e horror show.
Um dos contos que mais me agradou e me deixou um pouco mais fã do autor foi o do Marcelo Hipólito, que eu já resenhei os livros Lúcifer: o primeiro anjo e Osíris: Deus do Egito. O que atraiu na história foi o fato de ele ter uma ideia diferente do que quase todos fariam quando tivessem que escrever algo sobre lobisomens. Marcelo elaborou um conto onde o inverso da transformação acontece, sendo muito preciso em seus detalhes e na confusão que isso causa.
Cada autor escolhe uma época, um estado financeiro, um modo de pensamento e estilo de vida, o que torna as histórias únicas, já que os seus lobisomens pensam cada um a seu modo, com suas próprias tragédias pessoais.
O livro é curtinho e pode ser lido em um único dia se você tiver tempo. Ele é recomendado para todos que apreciam essa coisa mística, gostam de contos bem escritos e querem conhecer coisas boas da literatura nacional.
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